terça-feira, 17 de abril de 2012

1ª Bienal do Livro e da Literatura em Brasília


1ª Bienal do Livro e da Literatura  em Brasília

Logo no primeiro dia da 1ª Bienal do Livro e da Literatura um prêmio Nobel africano, um virtuose da poesia latinoamericana e um italiano que virou símbolo da luta por Justiça no Brasil estiveram presentes no espaço de 14 mil m² montado na Esplanada dos Ministérios.
 A espera durou 62 anos. Brasília finalmente tem o seu grande evento de valorização da literatura.
 A primeira Bienal do livro deu inicio no dia14/04 e vai até dia   23/4 e  reunirá escritores consagrados, autores anônimos e em início de carreira, pesquisadores, artistas, gestores e militantes da educação, da cultura e da comunicação e profissionais do mundo editorial, além de estudantes, pais e mães acompanhando os filhos ou simplesmente curiosos.
Dois nomes foram homenageados na primeira edição inaugural: o escritor nigeriano Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura de 1986, e o brasileiro Ziraldo.
Wole Soyinka e Ziraldo: primeiros homenageados da Bienal de Brasília
Soyinka realizou  uma palestra às 21h do sábado (14). Ziraldo receberá sua homenagem em ato solene no último dia da Bienal (23) e terá uma exposição dedicada à sua obra no Museu Nacional, durante todo o evento – o mesmo ocorrerá com o saudoso educador Paulo Freire, que será lembrado na exposição Sonhando com “Paulo Freire: a educação que queremos”, na Biblioteca Nacional.
Cesare Battisti, militante da esquerda radical italiana nos anos 1970, vivendo como escritor há duas décadas, desde 2004 no Brasil, lançará seu novo livro  “Ao pé do muro”, romance com forte dimensão autobiográfica na Bienal também neste sábado (14), às 20h no estande 97 da ala de expositores.
Juan Gelman, considerado por muitoseste blogueiro incluso como o maior poeta vivo da língua de Cervantes, será o convidado da primeira sessão da Jornada Literária, que teve vez às 18h deste sábado (14).
Eric e Juan: amigos de décadas se encontram em Brasília


O ciclo de palestras/debates que foi coordenado por Eric Nepomuceno, um dos principais tradutores da literatura espanhola no Brasil e contista de mão e cabeça cheias.
No auditório Nélson Rodrigues – aliás, ilustre torcedor do Fluminense, assim como Eric – o argentino Gelman abordarão o tema ”Leitura e diálogo com o público”.
No domingo (15) os convidados Mario Bellatin (México) e Héctor Abad Fanciolince (Colômbia) falarão sobre “Perdas, ganhos, esperanças”. Na segunda (16), o veterano Mempo Giardinelli e a revelação Samanta Schweblin discutirão “Duas Gerações Argentinas”. Fechando a Jornada, na terça (17), o chileno Antonio Skármeta, autor de “O carteiro e o poeta”, será o nome da vez.
Na quarta (18) terá início o seminário Krisis, com o debate “Fé, fanatismo e conflitos políticos no mundo atual”, tendo Leonardo Boff e Tariq Ali (Paquistão) como convidados e mediação do poeta Pedro Tierra, que atualmente responde mais por Hamilton Pereira, Secretário de Cultura do Distrito Federal.
No dia seguinte, Vandana Shiva (Índia), John Gray (Inglaterra) e a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, debaterão as questões ambientais a partir do mot ”A idade dos limites: o mundo em busca de uma nova relação com a natureza”.
Encerrando o Krisis, na sexta-feira (20), “O fim das utopias e a ditadura do mercado” será o assunto para  John Gray, Vladimir Safatle, José Dirceu e Emir Sader, com a mediação afiada do jornalista Paulo Henrique Amorim.
A Bienal terá ainda uma mostra de cinema latinoamericano, seminário sobre literatura africana, inúmeros lançamentos de livros, programação infantil, intervenções artísticas, show musicais (Kleiton e Kledir, Nando Reis, Fernanda Takai, Oswaldo Montenegro, Capital Inicial, Chico César e Caetano Veloso), entre muitas outras atividades.

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